Segunda-feira apresento a minha tese de mestrado.
Chego agora ao final, e apercebo-me que me falta o engenho, arte e sabedoria que só a experiência como médico podem trazer.
Agora compreendo um pouco da frustração do meu orientador que ao tentar explicar-me coisas que não podem ser explicadas por palavra.
Não tenho consciência para poder discernir quais dos estudos são ou não importantes, ou mesmo consciência de quais medidas possam ser postas em prática ou não. Limito-me a concordar com o que está escrito, dizer que se deve medicar de determinada maneira sem nunca ter prescrito uma aspirina sequer. E aqui tenho de agradecer ao meu orientador, que com a sua maneira tão própria me ajudou a escolher, me limpou o olhar, me chegou um pouco (é mais um muito) da sua experiência para completar este trabalho.
Não me estou a passar um atestado de burrice, apenas um atestado de “Necessidade de amadurecimento”.
Ainda sou novo, sonhador, incrédulo, naive. Ainda bem, pois ainda é tempo de ser assim.