sábado, 31 de outubro de 2009

Kit para novos animadores


Parei algum tempo para pensar que oferecia eu aos novos animadores que este ano aceitam o convite para fazerem parte do movimento de Campinácios?

1) Agenda: vão precisar. Marcar reuniões, fins de semana de preparação de campo. Precisam dela na medida em que têm que com antecedência prever a vossa vida para estar numa reunião mesmo que o gato tenha filhos nessa noite, ou por outro lado dizerem que não podem porque nessa hora têm... Acima de tudo servirá para dar a vossa disponibilidade.

2) Caderno de "notas": como animador não és chamado a tocar guitarra, contar as piadas mais secas, ou conseguires produzir o melhor dos sketchs, és chamado a ser feliz e a partilhar a tua experiência de oração, para isso ajuda ter um livrinho onde vais escrevendo algumas coisas que vêm desta.

3) Lápis: para escreveres nas anteriores.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O exame vai chegando.

O exame da especialidade vai chegando.
Sinto-me convidado a viver esta última etapa desta forma: Enfrentar a inevitabilidade do exame, percebendo que como qualquer outro não vai em nada reflectir a minha qualidade de médico. Será injusto: ou porque não terei a nota correspondente ao meu esforço ou, mesmo que tenha, haverá pessoas a que isso não irá acontecer, enquanto uns terão melhor nota com menos esforço, outros por sua vez, apesar do esforço o azar baterá à porta. Parece dramático, mas quando se avalia os conhecimentos de uma pessoa em apenas uns minutos, com umas perguntas meio estranhas... na minha opinião não se avalia nada, mas que fazer? Temos de ser seriados de alguma maneira.

Como é que a minha fé me impele a viver estes momentos?
Com muita paz, reconhecendo que muito ficou por fazer e entregando tudo o que fiz nestes últimos meses. Agradecendo cada dia que passou porque me fez crescer nas amizades, me fez dar outro valor a um simples café, me fez criar uma capacidade enorme de trabalho e organização, aprendi coisas que serão úteis na clínica outras que nunca me servirão.
Quanto à nota vou tentar exercitar o que Santo Inácio chama de indiferença inaciana para que não lhe ligue muito... Porque esta realidade merece cores de esperança!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sentir-se amado por Deus

"It is intriguing to speculate that Jesus’ fundamental saving act may have been not dying on the cross but rather accepting God’s love as much as it is humanly possible to do. Then the following of Christ might mean not so much doing heroic deeds, or even wanting to love as Jesus loves, but much more fundamentally desiring to let oneself be loved as much as Jesus was and is loved. Perhaps the world will be saved when there is a critical mass of people who deeply believe and experience how much God loves them."
This reflection is from Here's My Heart, Here's My Hand by William Barry.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Prayer and Forms of Prayer"

"God is always with us. He wants us to talk to him and to listen to him. In prayer we raise our hearts and minds to God. We are able to speak to and listen to God because, through the Holy Spirit, God teaches us how to pray.

We Pray in Many Ways
Because prayer is so important, the Church teaches us to pray often and in many ways. Sometimes we bless or adore God (prayer of blessing and adoration). Other times we ask God for something for ourselves (prayer of petition). Sometimes we pray for others (prayer of intercession). We also thank God in prayer (prayer of thanksgiving). Finally, we can also praise God (prayer of praise). We can pray silently or aloud. We can pray alone or with others. Praying with others is called communal prayer.

We Meditate and Contemplate
One way to pray is to meditate. To meditate is to think about God. We try to keep our attention and focus on God. In meditation we may use Scripture, prayer books, or icons, which are religious images, to help us concentrate and to spark our imagination.

Another way to pray is to contemplate. This means that we rest quietly in God’s presence.

We Get Ready to Pray
We live in a very busy, noisy, and fast-paced world. Sometimes, because of this, we have difficulty concentrating. In order to meditate or reflect, we need to prepare ourselves.

We can get ready for meditation by resting our bodies in a comfortable position. Sitting with our backs straight and both feet on the floor is one comfortable position. We can close our eyes, fold our hands comfortably in front of us, and silently take a deep breath and then let it out slowly. We can establish a rhythm by slowly counting to three while breathing in and slowly counting to three while breathing out. Concentrating on our breathing helps us to quiet our thoughts.

We Avoid Distractions
If we become distracted by thinking about something, such as the day at school or work, we can just go back to thinking about our breathing.

After a little practice we will be able to avoid distractions, pray with our imagination, and spend time with God or Jesus in our hearts"
in: http://www.loyolapress.com/prayer-and-forms-of-prayer.htm

Saramago faz releitura banal da Bíblia

O director do Secretariado Nacional da Pastoral Cultura manifestou a sua “desilusão” com a obra «Caim», novo livro de José Saramago.

Em entrevista à Agência Ecclesia, o P. José Tolentino Mendonça considera que o Nobel da Literatura fez uma releitura “banal” do texto bíblico, longe das “páginas magistrais” de John Steinbeck em «A Leste do Paraíso» ou da interpretação do filósofo Paul Ricoeur da fraternidade como “decisão ética”.

A obra ficou envolta em polémica quando o autor, a propósito da apresentação mundial do livro, afirmou que "a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana".

“A perplexidade trazida pelas afirmações de José Saramago é, no fundo, como é que um grande criador, um grande cultor da língua, pode, em relação a um superclássico da literatura mundial – património de cultura diferentes, fonte de inspiração para tanta literatura – pode dizer da Bíblia, com o simplismo e o olhar com que o fez, as coisas que Saramago tem dito”, atira o director do Secretariado Nacional da Pastoral Cultura.

Tolentino Mendonça lamenta que, em «Caim», José Saramago escreva que a Bíblia é “o livro dos disparates”.

“É uma redução inaceitável, não só do ponto de vista da fé, mas do ponto de vista da cultura”, defende.

Tolentino Mendonça comenta «Caim»
O professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica lembra que Saramago é um leitor que “revisita permanentemente a Bíblia”, seja em citações, seja nas suas personagens, mas o resultado desse esforço na sua última obra é, para o sacerdote madeirense, “absolutamente uma desilusão”.

“Esperar-se-ia muito mais da revisitação que um grande escritor pode fazer do texto bíblico”, indica, considerando que o livro de Saramago é, “em grande medida, um texto banal”.

A Bíblia está aberta a várias leituras, crentes e não crentes, mas nem todas são válidas. O exegeta e poeta manifesta “perplexidade” por Saramago não tomar em consideração a necessidade de uma “interpretação” do texto, tomando-o à letra, “no seu absurdo”.

“O que impressiona neste opção é ele (Saramago, ndr) recusar que aquele texto precisa de uma interpretação, de uma leitura simbólica”, declara.

José Tolentino Mendonça realça que a Bíblia “é um livro de fé, que é lido a partir dessa perspectiva por milhões de pessoas, e ao mesmo tempo um livro de literatura, um superclássico”.

Nesse sentido, é necessária “uma compreensão da Bíblia enquanto texto literário para verdadeiramente chegar ao seu sentido”, é preciso “ir à terra do poeta”, como se referia no Vaticano II, perceber que há “um sentido segundo, terceiro, que não se pode ler de forma literal e unívoca, que os géneros literários são para respeitar”.

O sacerdote considera ainda que as declarações de José Saramago sobre Deus e a Bíblia estão muito marcadas pela ideologia do escritor, mais do que por uma tentativa de “recriação profunda das temáticas abordadas nos textos bíblicos”.
in:http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=75633

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Belo e "desconcertante"

Há uns dias que penso nisto.
Acho que o interior de uma pessoa é de uma beleza extrema e ao mesmo tempo gigantescamente desconcertante.
É belo, porque é único, porque é rico, porque é um "território amado por Deus".
Agora pode ser muito desconcertante porque quando alguém partilha algo do seu interior comigo, a minha primeira reacção é "eu não sou assim tão bom como ele".

Recordo a experiência de Cristo. Demonstrou que conseguia suportar a maior injustiça humana, a morte sem culpa, pelo seu Amor na "justiça divina". É belo e desconcertante.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Liberdade



Ultimamente tenho pensado naquele chavão que me incomoda tanto: "a minha liberdade acaba quando começa a do outro". Acho que quem disse isto, estava certamente a falar que não devemos fazer mal ou retirar liberdade a ninguém. Contudo, o conceito é a meu ver muito redutor. Imagine-se o que era viver apenas na minha liberdade, na minha bolha, isso não seria uma prisão egocêntrica?

Acredito mais que que a minha liberdade permanece e se continua pela do outro. Não existo neste mundo para viver a minha liberdade. Não consigo pensar que é só isto.

Existo neste mundo ligado e conectado aos que me rodeiam, neles sou convidado a caminhar, a andar... Prefiro viver consciente que a minha liberdade não é minha, e que depende de mim doar a minha aos que dela necessitam.

[Já que estamos em período eleitoral uma piadinha: se fosse o BE diria: "Nacionalize-se" a liberdade. Mas como sou de direita afirmo: Eu dou a minha]

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

estados de espírito

Tenho reparado ao longo de algum tempo que se há alguma coisa que pode mudar a cor a realidade é a música.

Hoje sinto que estudar não me deixa desenvolver os meus sentidos.

Tenho saudades de ouvir música, pássaros, carros, silêncio,
Tenho saudades de ver pessoas, luz, cores,
Tenho saudades de cheirar a chuva, a terra, a relva, o ar.
Tenho saudades de sentir o toque de alguém, sentir o vento na cara, sentir, só.

Em tudo o ser humano busca ser amado, ser compreendido e aceite. Eu queria sentir, mais uma vez, um pouco desse humano que este estudo obriga a afastar.

Hoje sinto que Tu me dizes ao ouvido: