O exame da especialidade vai chegando.
Sinto-me convidado a viver esta última etapa desta forma: Enfrentar a inevitabilidade do exame, percebendo que como qualquer outro não vai em nada reflectir a minha qualidade de médico. Será injusto: ou porque não terei a nota correspondente ao meu esforço ou, mesmo que tenha, haverá pessoas a que isso não irá acontecer, enquanto uns terão melhor nota com menos esforço, outros por sua vez, apesar do esforço o azar baterá à porta. Parece dramático, mas quando se avalia os conhecimentos de uma pessoa em apenas uns minutos, com umas perguntas meio estranhas... na minha opinião não se avalia nada, mas que fazer? Temos de ser seriados de alguma maneira.
Como é que a minha fé me impele a viver estes momentos?
Com muita paz, reconhecendo que muito ficou por fazer e entregando tudo o que fiz nestes últimos meses. Agradecendo cada dia que passou porque me fez crescer nas amizades, me fez dar outro valor a um simples café, me fez criar uma capacidade enorme de trabalho e organização, aprendi coisas que serão úteis na clínica outras que nunca me servirão.
Quanto à nota vou tentar exercitar o que Santo Inácio chama de indiferença inaciana para que não lhe ligue muito... Porque esta realidade merece cores de esperança!
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1 comentário:
É isto mesmo.
Porque é que nos andamos sempre a queixar e não aproveitamos as fases mais difíceis da vida para olhar para as coisas de maneira diferente.
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